quarta-feira, 29 de setembro de 2010

O que me dói não é saber que vc não está tão bem, porque eu também não me encontro numa situação tão favorável.
O que me dói é deixar tudo para o final.
Final esse que escrevemos juntos, o que eu poderia ter feito?
O que vc deveria ter feito?
A mágoa cravejada por todos os lados da existência.
O ser, o nós só é conjulgado agora por razão do verbo, porque propriamente dito ele inexiste, está entorpe, chocado.
Ações que não foram pensadas em suas consequências. Atos que não foram realizados, palavras que não foram ditas.
Disseram sim em um adeus, com ternura de esperança, mas não sei se pela relação. Mas de que dias melhores virão.
Confiança! Há essa eu tenho em todos os sentidos da minha vida, menos no quesito "amor". Este até então está incerto, duvidoso, sombrio.
O peito mais uma vez arrombado e dilacerado, como se todas as outras lágrimas já não tivessem sido suficientes.
Riso, só se for dos fatos mais recentes.
Enfim, pediu-me pra esperar, o tempo já é meu aliado a algum tempo. Ele pode não voltar atrás, mas certamente toda a dor que agora escancara, geme e implora pra findar-se ele a diminuirá.
Coisas boas, amanhã pensarei nelas, e desejarei que se perpetuem por toda a minha existência e a sua.
O pior mentiroso de certo é aquele que mente para si mesmo, mas e aqueles que acreditam nas próprias mentiras?
Senti-me sufocar com suas palavras, que talvez não tenham ofendido tanto quanto as suas atitudes. Porque dormi com vc? Porque eu o amava, não sou uma ninfomaníaca que não consegue viver sem os prazeres do sexo.
Mesmo porque sexo sem amor é tão vazio, tão primata e eu não quero reproduzir.
Só queria te ter em meus braços e ver que esse pesadelo acabou. Mas o pesadelo é mais real e paz mesmo eu estou tendo somente nos sonhos.
Imaturidade de ambas as partes, estamos nos matando um dentro do outro. Mas eu espero por um amanhã melhor.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Não quero mais falar de amor...

Não porque não acredito nele, nem porque estou descrente
Nem porque estou carente.
Não quero mais falar de algo que se sente, algo que todos já sabem como funciona
Ou as consequências do mal funcionamento do mesmo...
Da felicidade ou da tristeza de quando se é, ou não amado.
Da infelicidade de não ser retribuído...
Da dor de ser deixado, das mentiras que acometem os homens
Dos perjúrios que saem dos lábios...
Não quero mais mencionar frases clichês, se sinto eu digo
Se não sinto não vou dizer...
Não vou mais mentir pra ninguém e muito menos pra mim.
Não me incomodo de não gritar aos quatro ventos, nem de emudecer quando deveria falar...
Não espero que modifique toda a minha vida, nem vou dar uma receita pronta de bolo.
Cada ser diz que é diferente, mas foram tantas situações de repeteco, choro, dor...
Lágrimas que escoam como uma torneira aberta, como se a alma saísse e se desmanchasse na face.
Toda história de amor termina ou começa do mesmo jeito.
Ou você terá final feliz, ou chorará amargamente fazendo a felicidade de outra pessoa.
Ces´t la vie e você vai amar novamente, por mais que diga que aquele será o primeiro e o último.
E dirá que amou mais do que a si, mas estará de novo mentindo, pois não há quem amamos mais do que a nós mesmos. E continuará achando que é amor, de fato pode ser, to enjuada dessas denominações.
Enfim, pode não ser amor, mas acho interessante o fato de ainda querer continuar a ficar com a mesma pessoa.
Agora sem hipocrisias, se não há eternidade pra nós, porque haveria de ser com um sentimento? O amor é mortal, a força dele se esvai junto com as nossas, tu que não se alimente todos os dias pra ver se não morre, desnutrido. Assim é com tudo.
Não estou mal-dizendo e muito menos tentando entender esse sentimento, nem sendo insensível. Só acho que já existem inúmeras definições enfeitadas e pouca praticidade, muita fantasia e quase nada de realidade.
Pois é meu bem isso porque ainda não escrevi sobre o casamento nos dias de hoje...
Isso vou deixar pra outra hora, mas enfim, enquanto houver aquele desejo que te faz sucumbir e achar que não poderá mais viver sem a pessoa, aproveite, porque ele morna no banho-maria com o tempo, não que deixe de existir, nem que tenha diminuído ele está ali, quietinho vai se adaptando, em algumas horas ele inflama em outras parece que está adormecido. Sim eu tenho um coração, sim eu gosto de alguém, mas vou viver dia após dia e não tentar pular tudo de uma vez!
As vezes viajo em pensamentos, vou a lugares estranhos com rostos desconhecidos. Estes rostos já não me são familiares, ouço vozes das quais eu tenho uma vaga lembrança, mas a memória bloqueou qualquer familiaridade com uma época que descrevo. Falo na 3ª pessoa não por prepotência, mas como um narrador ao qual a história parcialmente lhe pertence, como coadjuvante e não como protagonista de uma história que eu escrevi com minhas próprias mãos.
As vezes sinto como se tivessem me colocado na platéia apenas pra observar, que estive em lugares errados e em horas impróprias, mas não lamento por isso, muito pelo contrário, sou grata.
Não é a personagem que eu gostaria de interpretar nem de perto, tudo devidamente ao seu tempo, tardio para alguns, mas tão necessário agora. Como se só agora as coisas fizessem algum sentido.
Agora eu posso concretizar tudo aquilo que eu coloquei no papel, posso dizer não e sim à aquilo e aqueles que eu quero, diria que sou dona de mim. Não há mais cordões de ventriloquismo nem alguém por trás me dizendo o que devo fazer adiante, as pernas estão começando a querer se mover sozinhas.
Bem novamente só filosofando, aparentemente a esmo. Mas ainda falta fazer algumas coisas das quais eu ainda tenho vontade de fazer.
De dizer a algumas pessoas o quão insignificante elas são, mas acho que não há necessidade, elas mesmo devem saber o quanto são hipócritas e medíocres. Sei lá ando simplificando demais as coisas, mas está legal assim. Consigo definir o que é real e o que é ilusão, os pés meio cravados no chão mas a cabeça continua vagando e o espírito flutuando por aí rsrsr.
O tempo está passando mas estou sem pressa, diminuindo os passos mas chegando mais perto de algum lugar. Eis a pergunta agora, o que eu quero fazer? Eu já sei, tenho essa resposta, como vou fazer pra chegar até isso, também já tenho essa resposta, se houver algum imprevisto no caminho, dessa vez eu vou poder contornar. Está tudo bem, mas eu quero mudanças. Houve muitas mas ainda não são suficientes, preciso mecher em mais algumas coisinhas e então ficará pratiamente perfeito. É isso aí to otimista e com os olhos e ouvidos muito bem abertos, o cérebro está antenado e o corpo acompanhando o movimento, então diria que está quase tudo ok, detalhe mero detalhe...

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Passado...

Lembranças?
Só quero as boas...
As ruins acabo de deletar junto com qualquer vestígio de sentimento.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Nada como afogar as mágoas dentro de um copo, guarnido de cerveja, limão e sal.
Com aquele riso froxo e uma calma que só o desespero trás, fui eu.
Bebi um copo, dois, três, uma garrafa...risadas...
Mais alguns copos, lamúrias...
Mais alguns, e outros e mais um, mais risadas...
O feio tornou-se belo, a noção mínima das coisas, desceu junto com as talagadas...
Toda a dor, sentimento de frustação, ficou no fundo do copo...
Caminhar, não, passa a brisa do goró, e eu tô feliz!
Felicidade instantânea que dura enquanto a sobriedade não retorna, a realidade fica distante...
Mas flashes de lucidez trazem a amargura de volta, o olhar fixo ao nada e o pensamento vagando, lá no passado...
Tomo mais um gole, desço guela abaixo qualquer tentativa de uma lágrima se romper e rasgar por minha face.
Um trago e um gole, pensa, balança a cabeça pra ver se o pensamento se desmancha...
Tudo o que eu falo é dele.
Tudo me lembra ele.
Frases que ele costuma falar, mas eu sou forte, levantei da mesa sem "trupicar".
Desce a rua desvairada, relembra tudo o que aconteceu, péssimo momento pra recordar. Mudo de assunto, engato um no outro pra não ter tempo de pensar.
Enquanto a amiga fala, escuto somente o som de sua voz, mas a cabeça tá longe, quer dizer, nem tão longe assim, a poucos minutos dali, retrocede o caminho, desiste da empreitada de o reencontrar.
Obrigada ao amigo, que me acompanhou e me emprestou teus ouvidos, pra desabafar.
Aos garçons que serviram tão cordialmente sem se queixar, ao cachorro que nos acompanhou pelo caminho, aos pedestres que desviaram seu caminho, pra que eu pudesse continuar a andar.
Ao bendito amigo do amigo, que não entendeu nada, mas se propôs a nos acompanhar.
Ao namo... amigo...alguma coisa da amiga, que me deixou no ponto pra eu poder ir embora.
Ao motorista que gentilmente parou o ônibus para que eu pudesse embarcar, devido a hora que já não lhe cabia mais parar...
A minha cachorra que deitou-se ao meu lado e me fez companhia.
Mas de todos agradeço a maldita ressaca, que hoje me fez pensar e me arrepender de cada gole daquele copo...
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

diário de uma bêbada momentânea...

sábado, 3 de abril de 2010

O relógio bate incessantemente, tic, tac, tic, tac, o tempo não para e é difícil acompanhar seus passos.
Um instante que vacila, já se foi ele e vc ficou parado, ficou no passado não ficou nem nas lembranças.
Tornou-se um ser tão insignificante, e o tempo avançando as horas, numa pressa destemida, num efeito temido que corrói.
Corrói os amores, corrói amizades, corrói a mais súbita e a mais avassaladora das paixões, corrói o teu cérebro por peder tempo, pensando no tempo que não para de passar, um dia, um ano, uma vida...já se passou e vc ainda a pensar.
Ou vc reage e enlouquece acompanhando o tempo, ou enlouquece por ter perdido tempo, vc quer que o tempo pare e junto com eles o bater do seu coração, que as tuas saudades fiquem inertes, que as pessoas se congelem e permaneçam ao teu lado, pena que ao mesmo tempo que o "tempo" acalenta, esse mesmo tempo se não souber usá-lo se torna cruel, e eu to aqui perdendo meu tempo, filosofando a esmo, falando de um tempo que não é meu....

segunda-feira, 22 de março de 2010

...

E hoje eu sinto um pesar imenso, de ver minhas metas se desmorando, amizades ruindo e meu amor partindo...
Se foi para não mais voltar, perdeu a fé dos desesperados.
Se desencontrou de mim pela última vez.
Se alguém encontrar a felicidade, diga a ela que ela partiu sem dizer adeus, que desistiu de mim, sem nem ao menos saber a minha essência.
Sabe eu faria exatamente o contrário do que foi proposto, mas ela vendeu seus olhos, tapou seus ouvidos e recusou-se a achar uma possibilidade em milhares.
Concordo plenamente, é bem mais fácil desistir, porque o caminhar é árduo.
Sou covarde, e meu medo era de ser infeliz, me acovardei porque já sofri demais e não queria que acontecesse novamente.
Mas saberia que se tentasse faria tudo para não se repetir, mas de que adianta palavras infundadas. O que vale é a ação, regredir não...
Não quero, sou pequenina no tamanho, não de caráter!
Amanhã é um outro dia e não mais vou me lamentar pelo o que foi perdido.
Sem orgulho, sem medo, sem nada.
Recomeço...

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Silêncio....Shiiu!!!

Estou pensando...
Pensando em como sobreviver.
A uma multidão que me me atropela incessantemente no caos urbano.
Shiiiiu! Estou tentando ouvir a própria voz, escondida, embargada, saturada pelo barulho ensurdecedor ao meu redor...
Shiiiiu! Tento me destacar entre milhões, mas estou sendo esmagada por um só...
Shiuu! Quero ouvir de novo aquela frase calorosa, aqueles ruídos indefinidos ao pé do ouvindo.
Que meu corpo traduz e os copia involuntariamente.
Ahhhh! O antes, o durante e o depois, estou me recordando de cada momento, cada palavra...
Cada gesto dirigido a mim, a mente essa maldita, a lembrança nunca falha!
Mas estou me recordando dos momentos bons as horas infelizes quero deixá-las pra trás...
E vão sumindo, simultaneamente...
Se torna uma espécie de meditação, cada momento, cada luta e eu quase asteio a bandeira branca e me rendo...
Me recuso porque vc ainda me dá forças, porque o meu sentimento é maior do que a vontade de desistir.
Cada beijo, cada tentativa de ainda se ver, se ouvir, se falar...
O cansaço, o descaso, tentativas frustradas de se entregar.
Mas me lembro, do primeiro dia, dos seguintes que vieram, das conversas descontraídas, do riso froxo ...
Lembro do último mês, da tempestade que caiu sobre nossas cabeças...
E do sol que tímido, tenta se colocar novamente em seu lugar e aquecer os corpos e a mente...
A última noite, essa é a mais recente, prefiro não comentar !!! rsrsr
Agora vou me deitar, porque amanhã é dia de te buscar, de te ver tentar te fazer sorrir e acalentar.